A cantora sertaneja Maraisa já revelou que sofre de alopecia androgenética. Popularmente conhecida como calvície, ela causa a queda dos fios, afeta homens e mulheres e tem origem genética. Os sintomas incluem madeixas mais finas e ralas. Com o tempo, aberturas surgem no couro cabeludo. No entanto, seja essa ou outra questão, a dúvida comum está em descobrir como tratar queda de cabelo.
Mas, antes, vamos entender a doença. “Na alopecia androgenética, há uma queda capilar permanente e progressiva que pode começar na adolescência e progredir até os 60 ou 70 anos. Isso resulta na rarefação e expõe mais o couro cabeludo”, explica Letícia Odo, cirurgiã plástica e especialista em cabelos das Clínicas Odo. A profissional também é membro da Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar.
Além dessa condição, outras causas de queda capilar envolvem problemas hormonais da tireoide, doença reumatológica, hipovitaminose e excesso de oleosidade no couro cabeludo. Caspas e inflamações como, por exemplo, a dermatite de contato por alergia a produtos químicos como alisamento e tintura também estão na lista.
De acordo com Letícia, recentemente, uma causa que elevou a queda capilar foi o coronavírus. “A própria contração da infecção da Covid-19 é a causa da queda pelo processo inflamatório em todo o organismo (alopecia por eflúvio telógeno). Mas, também, o estado de pandemia e isolamento aumentou o estresse, além de outros fatores psicológicos como depressão e ansiedade, resultando numa maior perda dos cabelos na população em geral”, diz.
Como tratar queda de cabelo?
Entender as causas que levam à queda de cabelo é importante, bem como tratá-la. O primeiro passo, no entanto, envolve fazer o diagnóstico correto para começar o tratamento. “Geralmente, iniciamos com o tratamento clínico como uso de shampoo específico, loção tópica e medicamentos e/ou suplementos orais para o tratamento capilar”, pontua a especialista.
“Também associamos procedimentos como a mesoterapia (injeção de medicamentos diretamente no couro cabeludo para atingir os folículos), microagulhamento, ledterapia e laser. Todos os procedimentos têm a finalidade de fazer o cabelo crescer, engrossar o fio e mantê-lo na fase anágena (fase de crescimento dos fios capilares que pode durar de dois a sete anos)”, completa.
Para os casos que não há crescimento dos cabelos com o tratamento clínico devido a perda permanente do fio, a indicação da médica é o transplante capilar para restaurar a área calva. Mas, se você ainda não chegou nessa fase, há outros procedimentos que podem ser feitos, como realizar mudanças na alimentação. Com isso, é interessante consumir ovo, cenoura, atum, salmão, nozes e outras opções que sejam ricas em ômega-3, ferro e zinco.
Quando é necessário buscar ajuda?
“O especialista deve ser procurado quando há uma rarefação progressiva dos cabelos ou quando não há melhora da queda capilar abrupta no prazo máximo de 3 a 4 meses. Também é importante procurar o médico se há locais no couro cabeludo sem nenhum fio capilar (placas de alopecia). Outros sinais de alerta são caspas em excesso e coceiras do couro cabeludo”, orienta a profissional.
Por fim, não esqueça: o importante é sempre procurar o médico o quanto antes para não deixar que alopecia progrida e dificulte a recuperação. Agora, após saber como tratar queda de cabelo, que tal ler dicas que ajudam a fortalecer a raiz do cabelo?
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